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Panorama Geral

Nesta página estaremos abrindo espaço para os criadores de qualquer atividade.

Júlia Velasquez

Heterofobia                      Crônica de Ney Ferreira

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Ney Ferreira

É jornalista, dramaturgo, diretor de cinema, teatro e televisão. Escritor, professor de interpretação no Intelb - Instituto de Teledramaturgia do Brasil.

A internet é extraordinariamente abrangente e generosamente democrática. Permitindo a todas as pessoas o direito de manifestar suas opiniões e expressar seus sentimentos. Para inaugurar esse nosso espaço, recorro à sabedoria milenar que nunca me permitiria um deslise no trato com a essência humana que está em todas as pesoas. De acordo com a dramaturgia, personagem não tem sexo, nem cor, credo ou forma. São apenas conjuntos arquetípicos que servem de plataforma para materializar o universo da fantasia. Os gregos acreditavam que a terra fosse chata e redonda, e que seu país ocupava o centro da terra, sendo seu ponto central, por sua vez, o monte Olimpo, residência dos deuses, ou Delfos, tão famosos por seu oráculo. A morada dos deuses era o cume do Monte Olimpo, na Tessália. Uma porta de nuvem, da qual tomavam conta as deusas chamadas Estações, abria-se para permitir a passagem dos imortais para a terra e para dar-lhes entrada em seu regresso. A partir das fantasias geradas pelas histórias do Olimpo, muitas outras histórias e lendas foram se acumulando ao longo das civilizações. Todos os fatos registrados na trajetória de personagens mitológicos, históricos e artísticos, tratam de acasalamento. Tudo se fez por um grande amor, para um grande amor ou com um grande amor. A própria mitologia derruba essa crença de acasalamento heterossexual com a narrativa de Apolo e Jacinto o primeiro caso de amor homossexual de que se tem notícia. Assim consta: Alegres e apaixonados Apolo e Jacinto brincam de arremessar discos, mas Apolo lança um dos discos com muita força e atinge com a morte Jacinto. Apolo se desespera e carrega o amigo nos braços, pedindo aos deuses que não o separem de seu amor. Um pequeno filete de sangue que escorria da testa de Jacinto tinge um arbusto e nele nasce uma flor roxa, semelhante ao lírio. Essa flor será o testemunho do amor de Apolo - e ele não se separará mais dela. Os jacintos nascem na primavera para lembrar o amor de Apolo. Talvez o institinto maternal de Gaia, arquétipo da mitologia grega que identifica a grande mãe, possa explicar a proteção e defesa mútua, sincera e desinteressada dos seres homossexuais em suas relações de qualquer natureza. A dramaturgia que um dia foi a arte que divertia os nobres, andou tanto em círculos e circos e desembarcou no projac com a mais completa degeneração da arte, banalizada e transformada em crônicas urbanas do cotidiano, onde qualquer um pode fazer o que quiser desde que faça apologia da homossexualidade. Seria oportuno rogar a eles ou elas que comandam tudo, para que isso não se transforme em heterofobiia e que dispensem uma módica porção dessa essência protetora para a arte em desfavor do artista. A arte é suprema, o artista nem tanto.

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